Postado em Europa - Portugal, em 08/Setembro/ | 6862 Visualizações
Sintra é daqueles lugares que muita gente faz só um bate e volta a partir de Lisboa. Mas essa cidade merece mais tempo!
Ficamos duas noites, mas como no primeiro dia vindo de Lisboa, paramos em Cascais, conhecemos a Boca do Inferno e o Cabo da Roca, acabamos tendo apenas um dia inteiro em Sintra.
São tantos atrativos que dá vontade de ficar uma semana!
Escolhemos um hotel no centrinho (vila de Sintra), o Tivoli, por alguns motivos:
1) Tem estacionamento, o que é raro na Europa! Estávamos com uma van grande e ela ficou nas vagas bem em frente à entrada do hotel.
2) As avaliações no TripAdvisor, no hoteis.com e no booking são muito boas.
3) Está pertinho do local onde saem os ônibus de turismo que levam para os castelos.
4) Está literalmente em frente ao Palácio Nacional de Sintra.
5) Da nossa janela conseguíamos ver as ruínas do Castelo dos Mouros. E do castelo víamos o nosso hotel!
5) Bem pertinho tem várias lojinhas e restaurantes, inclusive a padaria que vende o famoso travesseirinho de Sintra.
Chegamos no fim da tarde, depois de passar por Cascais e Cabo da Roca. Descansamos um pouco no hotel e saímos pra conhecer a lindinha vila de Sintra, considerada patrimônio mundial pela UNESCO.
Jantamos no restaurante Alcobaça. Ambiente legal, que lembra uma taberna.
Confesso que nos decepcionamos com o caldo verde... Mas precisamos ter sempre em mente que quando "abrasileiramos" as comidas, acabamos incrementando um pouco de acordo como nosso paladar.
Apesar de ter um ônibus turístico que sai do centrinho - o autocarro nº 434 da Scotturb, nós preferimos ir de carro, o que foi bem tranquilo. Mas acho que em época de maior movimento seria difícil achar vaga para estacionar, principalmente no Castelo dos Mouros.
Nossa primeira parada foi na Quinta da Regaleira. Que lugar incrível!
Um lugar místico, cheio de enigmas, segredos e história, além de toda beleza.
São 4 hectares com um palácio rodeado de grutas, lagos e lindos jardins, com um incrível sistema de passagens subterrâneas.
Construções enigmáticas com sinais da Maçonaria, Templários e Rosa-cruz.
Destaque para o torre invertida, onde acreditam terem ocorrido iniciações maçônicas.
A mansão gótica extravagante foi construída entre 1904 e 1910, derradeiro período da monarquia, pelo homem mais rico de Portugal na época.
Preços: Criança (até aos 5 anos) Gratuita
Jovem (6 - 17 anos) 4 €
Adulto (18 - 64 anos) 6 €
Sénior (65 - 79 anos) 4 €
Sénior + (> 80 anos) Gratuita
Se quiser alugar audio-guia, custa 3 euros.
Horário: 09h30 - 20h00 (no inverno 09h30 - 17h00) - última entrada sempre uma hora antes do fechamento.
Endereço: Quinta da Regaleira, 2710-567 Sintra
Clique na imagem abaixo para ver o mapa completo:
Depois fomos ao Castelo dos Mouros, andamos pelas muralhas, apreciamos a inesquecível vista.
Portugal foi invadido pelos mouros muçulmanos do Norte de África no século VII e assim ficou por muito tempo. Os mouros construíram o Castelo dos Mouros no século IX para proteção da cidade de Sintra, como um ponto vantajoso sobre o Rio Tejo.
Mas depois da conquista cristã em Portugal, os castelo foi abandonado. Em 1636 um relâmpago destruiu a torre central e em 1755 um devastador terremoto desmoronou as paredes e muralhas.
Só no século XIX o Rei Fernando II, restaurou as ruínas e anexou aos jardins do Palácio da Pena.
De lá, a vista pra vila de Sintra é linda!
O ingresso custa 8 euros (6,50 acima de 65 anos) - Horário: 09h30 – 20h00 (10:00-18:00 no inverno). A última entrada é sempre uma hora antes de fechar.
Compramos o ingresso já combinado com o da Pena, com 5% de desconto.
Por último fomos ao Castelo da Pena, que de tão lindo nem parece de verdade! É a imagem dele que estampa várias propagandas de Portugal. É um símbolo! Uma das sete maravilhas de Portugal!
São duas alas: o antigo convento manuelino da Ordem de São Jerónimo do século XIV (na cor rosa) e a ala construída no século XIX por D. Fernando II (na cor ocre).
Dizem que quando D. Fernando comprou um mosteiro para trasformar em residência, se inspirou no romantismo dos castelos à beira do Rio Reno na Alemanha.
O único problema é estar sempre cheio, com filas pra andar entre os corredores.
O ingresso custa 14 euros (12,50 acima de 65 anos) - Horário: 09h45 – 19h00, sendo a última entrada às 18h30
Almoçamos um gostoso bacalhau no restaurante Paço Real, na praça da República
E continuamos explorando a vila, com suas construções históricas, paisagens incríveis e muitas ladeiras (prepare-se!).
Experimentamos o delicioso travesseirinho e também as queijadinhas na tradicional casa de doces Piriquita (R. Padarias 1), fundada em 1862. O nome Periquita vem do apelido que o rei D. Carlos I deu a baixinha Constância Gomes.
O local não é muito espaçoso. Você vai precisar esperar um tempo pra ser atendido, mas vale a pena!. Pessoal atencioso e produtos deliciosos!
As queijadas foram os primeiros doces a fazer a fama do local, inclusive com D. Carlos I. Sintra tinha muitas pastagens e queijo fresco, ingrediente das queijadas.
Mas hoje o sucesso mesmo fica com os travesseiros de Sintra, pastel recheado com doce de ovos e com um toque amendoado, além de um segredo só conhecido pela família.
Eu e o Sandro aperitivamos na loja do Vinho (Praça da República 3), bebendo muito vinho, claro! O pessoal preferiu comprar crepes no restaurante Café Paris e voltar pro hotel pra descansar.
Se tívessemos mais tempo teria conhecido também o Palácio Nacional, o Montserrat e o Convento dos Capuchos, além de perambular por mais um tempão entre as lojinhas kkkk
No dia seguinte, seguimos pra Óbidos.
Veja o roteiro completo da nossa viagem de 20 dias entre Portugal e Andaluzia